quarta-feira, 3 de junho de 2009

Eleições para o Parlamento Europeu

As eleições para o Parlamento Europeu são no próximo domingo e de acordo com as sondagens vai haver uma significativa abstenção. As políticas de Bruxelas dizem pouco aos povos da Europa.
Os candidatos andam na rua com os discursos conhecidos, há promessas e ataques aos adversários. Depois de eleitos, desaparecem e acomodam-se nas suas poltronas douradas.
O Parlamento Europeu é o único órgão eleito, mas com poucos poderes, é caro e pouco funcional, fica sedeado em Bruxelas, mas com sessões em Estrasburgo, uma situação nada eficiente, resultante do peso que certas nações têm na União, um sinal de disparidade de critérios e de influências.
Os grandes poderes da União Europeia estão centralizados na Comissão.
A Comissão é um órgão de nomeação, resultante de longas negociações, de cedências e de distribuição de tachos e de compensações em que os países mais poderosos têm mais peso.
É da Comissão que partem as directivas, normas e resoluções.
A Comissão é composta predominantemente por tecnocratas de cara desconhecida, um mundo de funcionários burocratizados, muito bem pagos e que não prestam contas aos eleitores. As competências, o mérito pouco valem nos cargos distribuídos.
De vez em quando reúnem-se os chefes dos governos das nações da União, convocados e presididos por um presidente que é presidente por escassos meses. Um Presidente rotativo, até ver, porque a Tratado de Lisboa já lhe marcou destino.
Quando o calendário marca encontros dos chefes do governo, há sempre muitas expectativas. Os jornalistas cirandam em volta das celebridades, mendigam declarações, gestos, sorrisos ou palavras de discórdia.
Pois é, puro engano! Esses encontros trazem tudo determinado. É na Comissão, nos gabinetes dos tecnocratas e burocratas que tudo se governa. As cimeiras ou conselhos, juntam os grandes, mas tudo encenado. A notícia, a fotografia, os encontros dos grandes acabam sempre bem, com decisões históricas. Para consumo público.
A crise que assola o mundo está a pôr em causa as políticas seguidas pela União Europeia. A recessão, o desemprego, a instabilidade e insegurança estão a corroer os alicerces das sociedades das nações da Europa.
Os níveis de vida, os direitos sociais, a saúde, a educação, segurança social, protecção na doença e velhice estão a ser abalados por politicas que descuidam os cidadãos para dar prioridade aos sistemas financeiros.
A política agrícola que a pretexto da competitividade, da qualidade e defesa dos consumidores, arruinou os pequenos agricultores.
A política agrícola beneficia os interesses empresariais do comércio dos produtos alimentares em detrimento da produção. Uma Politica responsável pela fome e pelo aumento da pobreza que hoje vemos nas cidades mais ricas.
Nas pescas, a mesma desgraça. As pequenas e médias empresas onde se dá trabalho, estão em falência. As politicas seguidas continuam a privilegiar as grandes empresas, onde patrões sem cara e nome conhecido, orientados por gestores e administradores têm subsídios, isenções fiscais, facilidades negadas aos pequenos, e sempre com a ameaça de se deslocalizarem, alegando dificuldades.
As políticas de Bruxelas não podem continuar a privilegiar as grandes empresas e o sistema financeiro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Viva o Presidente da camera de Sesimbra. Já fez mais que qualquer outro na vila da Quinta do Conde.
Obrg.

Anónimo disse...

também não é dificil, os outros não fizeram nada