quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mentalidades e identidade

Detesto troca de identidades, a minha terra é a minha terra, defendo-a acima de tudo, é a terra dos meus avós, dos meus pais, existe aquele espírito dos verdadeiros Alfarinheiros, que não existe em mais nenhum sítio no mundo.
A confusão acerca do dia do Natal, que nós até sabemos explorar muito bem, o mito da Independência de Alfarim, os burros que ficaram imortalizados pela famosa foto do Sr. Sevelas na praia, a nossa querida Igreja… tantas coisas…
Nós sentimo-nos diferentes e temos orgulho nisso, temos uma identidade própria!
Nunca desfalecemos na defesa dos nossos valores e na teimosia, mesmo sabendo que tudo até pode estar perdido, porque de facto nunca estará, pelo menos definitivamente, enquanto nós resistirmos.
Não tenho a melhor das opiniões sobre as pessoas em geral, mas tenho a melhor das opiniões sobre as pessoas em particular.
Irrita-me que se confunda educação, princípios e valores, com bens materiais. Ninguém é mais que ninguém por se pavonear num carro topo de gama, ou por ter um mamarracho de uma casa gigantesca junto à estrada, só para mostrar a toda a gente que tem poder económico.
No entanto riqueza não é sinónimo de formação e civilidade.
Para quê comentar tanto a vida do vizinho, que não nos diz respeito. Falar voluntariamente daquilo que não sabemos, dar opiniões sobre assuntos que nos são alheios.
Isto é pobreza de espírito, é ter pouco que fazer, e normalmente vem de pessoas frustradas, que dominam o dia a dia da Aldeia em cafés e outros estabelecimentos. Criticam as novidades porque não tem capacidade para se adaptarem a elas, mas também não tem capacidade para inovar.
Que tal cada um fazer uma reflexão acerca de si próprio, dos seus conceitos e princípios? Em vez de pensármos em Aldeia, vamos pensar em mundo.
O êxito não é uma dádiva, é uma conquista.

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