Nasci aqui nesta terra, nas minhas veias corre sangue de água salgada,
Sobre a areia fina os meus pés correram a toda a velocidade,
os intensos raios de sol abençoaram a minha áurea,
e a frescura vinda do mar, arrefeceu o meu coração,
A melodia do canto das gaivotas conduz-me ao porto,
onde tu estás, instintivamente, à minha espera,
Dançamos ao som das ondas, cantamos sobre as rochas e ouvimos o murmurar das sereias...
nos céus as gaivotas...
Sem saber, despedimo-nos um do outro,
sem saber, que seria a última vez,
Éramos felizes…
Sobre as nossas cabeças, lá esvoaçavam elas, brancas, imaculadas e belas, as gaivotas...
E o barco partiu,
Para longe, mar adentro, para nunca mais voltar, perdido noutro lugar, noutro mar qualquer, um mar desconhecido,
Foi abraçado, pelas ondas revoltosas, que o puxaram e arrastaram, para as profundezas, para o desconhecido.
Espero em vão, no porto, olho o mar, este mar vasto e belo, com tantas memórias,
A sede de amar consome-me, o meu corpo está frio e só, o único som que ouço é o silêncio,
O mar é o mesmo, imenso e belo, o canto das gaivotas, gaivotas perdidas, como eu, num mar tumultuoso, egoísta e perfeito.
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