terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Castelo_Info - .º1 Novembro_13

“O Cezimbrense”, n.º 493, 5.1.1936

05/01/1936
 “Alfarim é uma pequena mas interessante aldeia da freguesia do Castelo do concelho de Cesimbra, que dista, aproximadamente, oito quilómetros da vila, ficando situada ao Norte do concelho, tendo, pelo lado poente, o Oceano Atlântico, distinguindo-se do seu fundo, a Lagoa de Albufeira (...) que nos mimoseia pelo seu valor agrícola, pois possui, não só vastas ribeiras, como terrenos de regadio de abundante produção de milho, trigo, feijão.
Esta região é fértil também em pinheirais, sobreirais e hortaliças. Sob o ponto de vista pecuário, é um importante meio de procriação, mormente em gado caprino e lanígero. Circundam a aldeia de Alfarim as herdades da Foreira, Aiana, Ferraria e Apostiça, grandes fulcros de produção agrícola, que são um factor importante da riqueza do nosso concelho. A população – na sua grande maioria composta de trabalhadores rurais –, que, de manhã à noite, labuta na terra mater (...) num labor contínuo, empresta à sua pobreza o pão quotidiano”. A Festa de Alfarim “(...) Nas (...) humildes habitações (de Alfarim), destaca-se um edifício que marca, não só pela sua alvura como pelo que ele representa para aquele povo de fé e crença: a sua Capela, denominada templo da Nossa Senhora da Conceição, mandada construir pelos seus antepassados
e mantida – embora com sacrifício – pelos habitantes de Alfarim, Caixas e mais lugares circunvizinhos, que, levados pela sua religiosidade, pagam para que o pároco da freguesia ali vá, todos os Domingos e Dias Santificados, celebrar a sua missa, à qual assistem com convicta devoção. Neste templo, celebram-se anualmente duas festas importantes: a primeira, no Dia de Todos os Santos; a segunda, nos dias 26 e 27 de Dezembro. É pois sobre as festas do Natal, realizadas em Alfarim, que nos vamos ocupar (...) Ao entrar na ridente aldeia, já um pouco estropiado, deparei com um ‘unhaca’ que fazia parte da Comissão das Festas. Depois de um breve cumprimento, o nosso amigo conduz-me a uma barraca, daqueles estabelecimentos edificados com quatro adelgaçadas varas de pinho e vedados com dois metros de calhamaço, e oferece-nos um dos maiores manjares e especialidades da terra: as afamadas broas de Alfarim (...) Finda esta refeição (...) dei uma volta pelo recinto e pude observar que alguns milhares de pessoas ali permaneciam, vindas de todas as regiões circunvizinhas e, até, da sede do concelho. Por toda a parte se viam os chamados ‘bolacheiros’, com os seus tabuleiros e as mais variadas doçarias; os quinquilheiros, com as suas ‘bugigangas’, a convidar os noivos a já os brinquedos para adornar os seus móveis... Entramos na igreja e nesta ocasião celebrava-se a missa cantada com acompanhamento a órgão. Ao Evangelho, sobe ao púlpito o prior da freguesia do Castelo, reverendo Almeida, que fala da Natividade de Cristo, historia a sua vida, sua morte e ressurreição, deixando a numerosa assistência entusiasmada. Finda esta primeira parte do programa, organiza-se a procissão, que percorre o trajecto habitual, seguida pela banda de Cezimbra, que execiuta uma das suas marchas. Depois deste solene acto, os romeiros, cada um para seu lado, estendendo-se pelo vasto recinto, saboreando as suas merendas e bebendo uns copitos do rei... Baco. À tarde, a Banda da Sociedade Musical Cesimbrense realiza um concerto, no coreto que fica junto à capela (...) Nota curiosa: enquanto a banda toca, os campónios dançam num revoltear estonteante, ainda que seja ao som da música clássica, dando assim satisfação à alegria que lhes vai na alma, esquecendo, por momentos, todas as agruras da vida... Apesar da banda, os componentes da festa não dispensam a gaita de foles e os respectivo tamboreiro, que, tocando algumas melodias... e o velho ‘fandango’, de ritmo animado, serve de entretenimento dos antigos foliões. Assistimos ainda à arrematação de oferendas, bandeiras e quadros. É outra fase da festa que marca, entre aquela gente, por que os rapazes novos cobrem lanços sobre lanços das suas ofertas, para que as ‘moças casadeiras’ apreciem quais os rapazes que têm mais coragem e até onde chega... a sua bolsa”.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Banksy.... back

BANKSY - 6.ª Avenida em Nova Iorque, dia 6 de Outubro

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Eu não temo a morte, temo ficar em silêncio diante da injustiça ... "Malalai Joya"

"I don't fear death; I fear remaining silent in the face of injustice ... I say to those who would eliminate my voice: I am ready, wherever and whenever you might strike. You can cut down the flower, but nothing can stop the coming of the spring." — Malalai Joya, A Woman Among Warlords

"Eu não temo a morte, eu temo ficar em silêncio diante da injustiça ... Eu digo áqueles que querem calar a minha voz: Eu estou pronta, onde e quando vocês me podererem atacar. Vocês podem cortar a flor, mas nada pode impedir a vinda da primavera "-. Malalai Joya, Uma mulher entre os Senhores da Guerra
Malalai Joya

Salvador Dali 1954

“I DON’T do drugs. I am drugs,” said the master of surreal art, Salvador Dali

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A Ramada

Outrora um polo de atividade... agora em ruinas, abrigo para animais.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mais uma vitória para a Escola Rui Meira, parabéns pelo brilhante desempenho desportivo!

Peniche recebeu no passado dia 1 de Setembro a Maratona de Paddle.
Dos cerca de 30 atletas que remaram das Berlengas até ao Continente, com uma prancha e um remo, o Vencedor foi o Veterano Rui Meira e em 4.º o seu filho Rui Pedro Meira, da Escola Rui Meira (Lagoa de Albufeira).
Parabéns aos dois!




Sesimbra em destaque no "Prato da Casa"


O programa 'Prato da Casa' num dos melhores restaurantes do País, o Ribamar de Sesimbra

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Lucilia Neves... ou Cila a Explicadora

Se tivéssemos de escolher um filme para definir a Cila, não seria com toda a certeza a “Missão Impossível”, porque para a Cila, não existem impossíveis, tudo é concretizável.
Esta mulher tem dedicado a sua vida ao que acredita, as crianças!
Possuidora de um talento inato, reúne qualidades extraordinárias: a facilidade de comunicação direta e eficiente com os seus alunos, a capacidade de estimular-lhe a criatividade, o incitamento à responsabilidade social e a preocupação com o seu bem estar físico. Sempre com o objetivo de os incentivar a alcançar o sucesso. O que torna a sua obra única e maravilhosa!
O esforço, dedicação e comprometimento que a Cila tem tido com tantas gerações de jovens, faz dela uma pessoa singular e extraordinária, ela analisa o presente e já está a perspetivar o futuro.
É uma amiga, uma professora, uma conselheira, alguém em quem podemos confiar e acreditamos… e por isso temos um sentimento tão profundo e duradouro pela Cila, de admiração, gratidão e muita consideração.
Portanto se a Cila tivesse um filme, está claro, seria: “A Super Mulher” ou “Uma Explicadora de Outro Planeta”. Porquê? Porque ela parece que tem super poderes, está sempre alegre, tem orgulho no que faz e tem sempre a sensação de dever cumprido.
Obrigada Cila

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Engenheiro da Aiana


António José Pires Duarte Pina é uma figura simbólica na nossa Aldeia, um homem bom, que soube ser grande.
Muitos dos que o conheceram e com ele privaram, contam, em saudosa recordação, pequenos episódios do passado. Uma faceta humana que a todos enternece e torna mais bela a sua memória.
Tinha um espírito dinâmico e empreendedor, acreditava nas pessoas e a todos ajudava, sem qualquer interesse ou intenção. Sabia partilhar o que era seu, era um homem generoso.
Ainda em vida doou uma vasta extensão de terreno para construção da “Estação Elevatória” e o novo “Cemitério da Aiana de Cima”.
O Sr. Eng.º Pina, como era conhecido, foi um homem que soube ser simples e em todas as circunstâncias, igual a si próprio.
Viveu com entusiasmo e mesmo nas ocasiões difíceis, quando já estava doente, teve o ânimo e a coragem dos fortes.
Lembramos ainda nesta família a figura da grande matriarca, a Senhora Dona Maria Eduarda, mãe do Eng.º Pina, também conhecida por Dona Mequitas. Uma mulher doce e inteligente que marcou um tempo, onde na "Herdade da Aiana" e no "Monte do Lima", se vivia um intenso rebuliço de pessoas que ali viviam e trabalhavam.
Outros tempos… que nos deixam muitas saudades, principalmente das pessoas…

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lionisa, Glicinio e Celestina

Os anónimos voluntários que ajudam e trabalham com muita dedicação nas mais variadas áreas e iniciativas da nossa terra, neste caso a Igreja.
Destacamos a ação destas pessoas que doam o seu tempo, mão de obra e talento para causas de interesse social e para o bem da nossa Aldeia. Esta foto foi tirada Sábado dia 24 de Agosto, de manhã, depois de ter saído da nossa Igreja, a comitiva para a Festa da Atalaia.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Padaria da Joana

A "Padaria da Joana", em Alfarim, continua a fazer o tradicional “Pão Caseiro de Alfarim”, uma verdadeira delicia que se derrete na boca e nos arrebata quase todos os sentidos.
Com muita sabedoria, empenho e amor, a equipa constituída pela mãe Joana, o pai Albertino e filha Cristina, vão conseguindo segurar, com a força que lhe é possível, as tradições e os verdadeiros valores de um povo e de um passado que se vai desvanecendo: Uma verdadeira conquista!
Aos sábados e quartas-feiras de manhã, o aroma a pão fresco espalha-se pela aldeia ao sabor do vento e guia-nos até à padaria. Somos recebidos com a simpatia e generosidade da Tia Joana, um sorriso autêntico e maravilhoso do Tio Albertino e a boa disposição da Cristina.
Espero que esta equipa se mantenha junta e unida por muitos anos e continuem a presentear-nos com o seu maravilhoso pão e aquela felicidade explícita nos olhos, de quem faz o que gosta e com muito orgulho!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sugestões para o fim de semana sem sair do concelho


Farol do Cabo Espichel



O Farol do Cabo Espichel, data de 1790, com reformulações feitas nos séculos XIX e XX. Tem 32 metros e um alcance de 26 milhas.
“A luz deste farol é fixa e branca produzida por dezassete candeeiros de Argand com refletores parabólicos, distribuídos na respetiva árvore em três ordens horizontais, formando um sector iluminado de 260º, com seis candeeiros na primeira ordem, cinco na segunda e seis na terceira, tendo um alcance de 13 milhas. A lanterna que abriga o aparelho tem 6,80 m de altura com seis faces de 1,30 m cada uma de largo. A cúpula tem uma chaminé no vértice que dá suficiente tiragem ao fumo; mas faltam-lhe em roda tubos para a ventilação e não tem pára-raios. O edifício em que assenta a lanterna é uma torre hexagonal formada de três corpos construídos de grossas paredes de alvenaria (…) A altura de todo o edifício, desde a base da torre até ao vértice da lanterna, é de 30,7 metros. (…) Para o serviço deste farol há só um faroleiro, que tem um homem a quem paga para o coadjuvar, o que bem mostra a necessidade de haver ali mais outro faroleiro para se alternarem naquele serviço, principalmente de noite.”
Francisco Maria Pereira da Silva, em 1872
“Diferentemente do que sucede com os mareantes, que neles veem sobretudo uma ajuda à navegação, os faróis são para o observador desinteressado ou ocasional uma fonte de mistério, que facilmente convoca toda a espécie de mitos e lendas”
J. Teixeira de Aguilar, da obra Onde a Terra Acaba – História de Faróis Portugueses, de 2005
O farol está rodeado por uma paisagem magnífica que nos deslumbra. A costa é agressiva na sua natureza e a nossa imaginação refugia-se no silêncio e solidão deste ponto em que a terra acaba e a imensidão do mar começa.
(clicar nas imagens para ver maior)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Damásio Gaspar - Nome de Tropa: INDIO



Existem pessoas no mundo e há pessoas que são um mundo. Um mundo de amigos, de coragem, de simplicidade e um mundo de bondade.
De aparência frágil, poucos sabem que este homem foi um corajoso soldado na Guerra Colonial, em Angola. Outros tempos, outras vidas em que se abraçavam destemidamente as causas da nação.
Uns ficaram por cá e por várias vias contornaram a obrigatoriedade do serviço militar. Porém o Damásio Gaspar abraçou o seu destino com bravura e valentia.
Se em Angola as cidades eram modernas e desenvolvidas, na selva, no mato os soldados viviam em condições duras. Mantinha-os vivos… as saudades, a família, as lembranças.
O velhinho Portugal continuava mergulhado numa profunda pobreza.
O Damasinho voltou e depressa se adaptou à vida que a maior parte das pessoas em Alfarim levava, o campo. Com mestria desenvolveu a sua técnica e assim se manteve até aos últimos dias da sua vida. Podemos até comparar a sua maravilhosa Horta aos “Jardins Giverny” de Monet, tal é a sua variada paleta de cores e exatidão de recorte. O seu pequeno rebanho também se poderia integrar numa das pinturas, airoso e tratado.
A verdade é que o Damásio tudo tinha e fazia com primor, mestria e requinte, até as coisas mais pequenas e simples da vida. Era humilde e tinha um coração do tamanho do mundo.
No Café, “Alfa”, brincava com as crianças e com os mais crescido e as expressões/palavras: “Fantástico” e “Corochino”, vão ficar para sempre na nossa memória.
Vamos sentir muito a tua falta amigo... 



quinta-feira, 8 de agosto de 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

De volta

Boa tarde Alfarinheiros

Depois de alguns meses de ausência, estamos de volta.

Alfarim Gossip.